Michael Jackson morreu! Ontem à tarde, subitamente, próximo de reiniciar uma série de 50 apresentações em um teatro londrino. Um show para cada ano vivido até aqui.
Levou consigo um recorde inquebrável. Até então, havia vendido mais discos que qualquer outro artista na história da música ("Thriller" vendeu 63 milhões de cópias, como está escrito no "Almanaque anos 80", e segundo William Waack, no jornal da globo de ontem, mais de 100 milhões de discos). Hoje vende ainda mais(15 cds mais vendidos na loja virtual Amazon.com, FSP 26/6/2009). Na época do download, realmente inquebrável!
Curioso que este artista com todas as letras, nunca me cativou. Não contribuí para seu recorde em nenhum momento, nem sem querer, quando se ganhava discos de presentes! Escutava uma música sua, gostava, mas bastava. Quando passava um clipe, assistia, mas não repetia.
Vendo e revendo as passagens da sua vida e obra, tenho que admitir que Michael fez parte da minha infância. Lembrei de "Thriller" que assisti quando tinha 5 anos (de maneira muito parecida com o que James Cimino escreveu na Folha Online hoje). Foi num domingo à noite, divulgado de maneira inédita e exclusiva pelo Fantástico. Eu já havia tomado banho,e estava ao lado do meu pai e do meu irmão na pequena sala do sobrado. Também tive medo!
Recordo ter lido numa reportagem da Veja que o artista passava um período dentro de uma câmara fechada, fazendo algum tipo de tratamento que lhe permitiria viver mais de cem anos. Talvez tenha visto ou interpretado de maneira errada, a questão é que ficou registrado na memória. E percebia a sua palidez progressiva, suas plásticas deformantes, o achava muito feminino. Até que ele casou e daí me confundiu. Teve filhos, foi acusado de pedofilia, e então foi sugado por tudo isso. Quase sumiu. As últimas notícia falavam de um leilão de objetos pessoais que o artista promovia, talvez até para pagar dívidas. Parecida com a história de Mike Tyson.
Um dia depois da sua morte, como freqüentemente acontece, dou mais valor ao artista que foi, sem me arrepender por não tê-lo curtido mais em vida. Acho que foi um gênio à parte. Nasceu cantor negro americano. Cantou com os irmãos e sozinho desde cedo. Compôs um álbum inteiro (BAD). O clipe de "Thriller" inovou (misturou cenas de um filme com videoclipe musical). O de "Black or White" também (em tempos não muito próximos). Apresentar-se com dançarinos em coreografias muito bem sincronizadas e valorizadas, só Michael e Madona (perfeccionismo, esforço, dedicação, prazer). Ah, já ia me esquecendo, parafraseando um entre muitos jornalistas que comentam sua morte, " Quem nunca tentou imitá-lo com os famosos passos de Moonwalker?"
Mais um imortalizado pela música. Nos dias de hoje podemos dizer que precocemente. Mais velho que Élvis, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Bob Marley e John Lennon.
Seria diferente?
P.S - Preparem-se para as biografias, autorizadas e não autorizadas, algumas já prontas. Terá Michael tantos imitadores quanto Élvis?
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