terça-feira, 18 de novembro de 2008

NUNCA FOI RUIM, FOI FUNDAMENTAL

O vinho doce, popular, objeto de críticas, assim como seus apreciadores, tem papel fundamental na iniciação a vinhos mais complexos. Renato Machado relembra em seu livro "Em volta do vinho" quando na juventude, após um mergulho no mar carioca, sentava a beira mar com seus amigos para tomar um modesto vinho rosé gelado (Mateus Rosé). O costume se manteve, o hábito se aperfeiçoou, e as boas lembranças continuam vivas na memória.


Com os livros creio acontecer algo semelhante. Lembro-me do prazer que tive ao ler os livros do Noah Gordon. Tanto que de repente queria ser judeu. Uma vez, ao comentar meu apreço por suas obras, me alertaram " Cuidado com esses livros..." Tenho saudades daquela leitura cercada de empolgação. Por outro lado tento reler algo muito bom à primeira leitura. Mas encaro o vício de ler, independente da qualidade do livro, como sendo muito mais saudável do que outros vícios.

Vinhos simples, romances tendenciosos, pontos de partida para um mundo infinito de sensações e prazeres. Certa vez, em um bar francês, Robert Parker trocou uma Coca-Cola por uma taça de vinho. Que descoberta! Mas há muito marketing. O inglês Hugh Johnson experimenta no escuro.

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