Após conversa descontraída na última semana, fui buscar no fundo da gaveta um recorte de jornal com um artigo da F. de S. Paulo de 09 fevereiro de 2004. Fora escrito pelo ex-articulista, Nelson Ascher. O título: "My Way".
Escrevo, porque foi neste pedaço de papel que li sobre a composição "Quotidiano" de 1971 sob autoria de Chico Buarque.Segundo Ascher, Claude François, Gilles Thibaut e Jacques Revaux compuseram "Comme d´Habitude", cuja letra fala sobre um dia comum na vida de um casal. Ele acrescenta que melosa e um tanto tediosa, a canção poderia ter inspirado o compositor brasileiro a desenvolver uma obra superior: "Quotidiano" -1971. Sobre o título da coluna, "My Way", transcrevo o trecho abaixo:"...Jacques Revaux, antes de escrever em francês, escreveu em inglês "For Me". E Paul Anka, após comprar o disco em Paris, compôs-lhe (preservando a melodia) um texto totalmente distinto e mostrou a seu amigo "Ol´Blue Eyes". O resto é história". O artigo é interessante. Correlaciona a letra transformada por Anka com o famoso poema de Rudyard Kipling "If", sendo tudo uma "homenagem ao individualismo anglo-saxão". E ainda suspeita de um possível desdobramento de "My Way" para "I am What I am", hino da independência e autoafirmação gay (de Jerry Herman para "A Gaiola das Loucas"). Finaliza afirmando que apesar de muitos a terem cantado ninguém, após Sinatra, imprimiu uma marca tão original como John Simon Ritchie, ou Sid Vicious, no final dos 70. A música foi apresentada na forma de um clip no filme "Sid and Nancy (1986)" de Alex Cox com Gary Oldman no papel de Vicious.Conferí rapidamente, e talvez seja o que Ascher descreve: "uma zombaria heroinômana mortalmente séria". Preciso assistir o filme. Mas é difícil tirar My Way do velho Frank, talvez Tom Jones?
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