As Universidades de Hoje são representadas pelo desinteresse dos alunos e pela asfixia burocrática dos professores.
Russel Kirk nos anos 50, observava que a Universidade era o objetivo da classe média, de gentes sem posses. A vida acadêmica começava a entrar em agonia e a proletarização dos universitários se tornou inevitável.
Dar aula representava ascensão social e o carreirismo assolaria a academia como assola qualquer emprego.
Muita gente que vai dar aula na Universidade não é tão brilhante ou tão interessada em conhecimento.
Muitos alunos e professores buscam a Universidade não para conhecer mas sim para transformar o mundo e ascender socialmente.
A obrigação da Universidade de produzir conhecimento de impacto social é tão instrumental quanto produzir especialistas na última versão do Windows.
O utiliritarismo quase sempre ama a mediocridade intelectual e a mediocridade funciona. Gera lealdades, produz resultados em massa, convive bem com as estatísticas, evita grandes idéias. Caminha bem entre as pessoas acuadas pela demanda de viver.
A asfixia burocrática conduz tudo em nome da democratização da produção e da produtividade da produção.
A burocracia nasce da necessidade de organização, controle, avaliação. A busca de aperfeiçoamento faz parte do sistema.
A pressão pela produtividade proletariza tanto quanto a pressão pela carreira.
A produção asfixia a universidade em nome de uma universidade mais produtiva, democrática e transparente em sua produtividade
Observamos a passagem da universidade à banal categoria de indústria de conhecimento aplicado, e sob as palmas bobas de quem quer "fazer o mundo melhor".
P.S - Idéias extraídas do texto "Um relatório para a academia" de Luiz Felipe Pondé
FSP 14/9/2009
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