sábado, 5 de dezembro de 2009

Finzinho de Capítulo

Hoje houve festa de famílias.
Felipe jogou muita bola, motivado pelo seu novo uniforme.
Somos felizes.
Amigos dividem seus prazeres.
Conheci a Lumen e a Sintonia Fina.

Modernismo

Em 1941 a garota Margaret O´Brien tinha 4 anos e foi descoberta pela MGM.
Não sabia ler mas era genial na expressão facial.
O diretor Vincent Minelli lhe perguntou se ela conseguia chorar.
Ela lhe respondeu perguntando se o diretor gostaria que ela chorasse com os dois ou com um só dos olhos. Se somente com um, com qual deles ele preferiria e ainda disse que poderia equilibrar a lágrima sobre a pálpebra.
O resultado está no filme "Meet me in Saint Louis (Agora Seremos Felizes)" de 1944 com Juddy Garland e a menina prodígia no papel de Tootie Smith.
Existe agora um computador que simula para a câmera os movimentos dos músculos e nervos sob a pele.
A magia desses efeitos é efêmera. Pouco depois de nos encantar no cinema esses efeitos começam a aparecer em qualquer comercial de batata frita ou remédio para brotoeja.

* Trechos extraídos da coluna de Ruy Castro - Viva a Tecnologia

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dezembro

A vida é como um grande livro cujas páginas narram momentos.
Um ano que se encerra é um capítulo lido.
A emoção toma conta das páginas que não podem ser relidas, apenas relembradas.
Como todo livro lido, se chega ao último capítulo.
Como todo livro bom, não queremos que a vida termine.
Lê com prazer e calma.
Antes de ler, respire.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Noite de Autógrafos, sim senhor!

Ontem prestigiei o lançamento do pequeno grande livro "Jaculatórias".
Muitas formalidades por conta do Conselho.
Muita alegria, emoção e prazer por parte do autor.
Que a obra "provoque" e cumpra o seu dever.

"Um homem feliz é àquele que tem família. Um homem sem família é um filósofo".

Nelson Rodrigues apenas na lembrança, houve muitos autógrafos.
Foi muito bom estar presente!

domingo, 18 de outubro de 2009

Escrevi na Folha!

"Diante de tanta informação cresce cada vez mais a confusão e logo a demanda por orientação para se saber o que é relevante."
"Levantamentos feitos com jovens mostram as dificuldades que estes têm em se adaptarem a empregos pela inabilidade em focar, se aprofundar e sintetizar".
"Estudos de psicólogos de Harvard definem como uma das principais habilidades contemporâneas a capacidade de síntese, o que traduzindo, significa saber o que é relevante".
"A era da comunicação está apressando a educação".
"Nada melhor para desenvolver o poder de síntese do que a poesia".

Trechos extraídos de FSP - 18/10/2009 - Devolta para o futuro - Gilberto Dimenstein

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Chintale!




Ontem nos reunimos mais uma vez.

Reverenciamos um grando vinho e brindamos animadamente.

Nenhuma música nova, nenhuma frase mais forte.

Apenas ser e estar.

Ouvir, rir e conversar.

Amigos com vidas em comum.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ARTE x CIÊNCIA

" Capacidade humana de criação e sua utilização com vistas a certo resultado, obtidos por diferentes meios."

x

" Conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e a experiência"

sábado, 19 de setembro de 2009

Growing !

Passando a pequena mão sobre o rosto, ligeiramente inclinado, com a cabeça apoiada sobre a cadeirinha no banco de trás:

- Pai "tô" ficando grande!
- Como filho?
- Olha, tenho barba!

* Quinze para as onze da noite, voltando do jantar de aniversário da vovó Sônia.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Universidades do Brasil

As Universidades de Hoje são representadas pelo desinteresse dos alunos e pela asfixia burocrática dos professores.
Russel Kirk nos anos 50, observava que a Universidade era o objetivo da classe média, de gentes sem posses. A vida acadêmica começava a entrar em agonia e a proletarização dos universitários se tornou inevitável.
Dar aula representava ascensão social e o carreirismo assolaria a academia como assola qualquer emprego.
Muita gente que vai dar aula na Universidade não é tão brilhante ou tão interessada em conhecimento.
Muitos alunos e professores buscam a Universidade não para conhecer mas sim para transformar o mundo e ascender socialmente.
A obrigação da Universidade de produzir conhecimento de impacto social é tão instrumental quanto produzir especialistas na última versão do Windows.
O utiliritarismo quase sempre ama a mediocridade intelectual e a mediocridade funciona. Gera lealdades, produz resultados em massa, convive bem com as estatísticas, evita grandes idéias. Caminha bem entre as pessoas acuadas pela demanda de viver.
A asfixia burocrática conduz tudo em nome da democratização da produção e da produtividade da produção.
A burocracia nasce da necessidade de organização, controle, avaliação. A busca de aperfeiçoamento faz parte do sistema.
A pressão pela produtividade proletariza tanto quanto a pressão pela carreira.
A produção asfixia a universidade em nome de uma universidade mais produtiva, democrática e transparente em sua produtividade
Observamos a passagem da universidade à banal categoria de indústria de conhecimento aplicado, e sob as palmas bobas de quem quer "fazer o mundo melhor".
P.S - Idéias extraídas do texto "Um relatório para a academia" de Luiz Felipe Pondé
FSP 14/9/2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Insanidades Cotidianas I

Paulo detestava tomar multas, porém sempre estacionava e não preenchia o cartão. Na maioria das vezes se dava bem, o que o estimulava a persisitir.
Então, foi multado, e percebeu no exato momento. Largou o que estava fazendo e se dirigiu para o local com a intenção de evitar o prejuízo. Que desculpa utilizar?
- Faz menos de quinze minutos que estou parado aqui.
- Sim - concordou o agente de trânsito
- Eu tenho cartões no carro, veja.
- Deveria tê-lo preenchido antes.
- A placa da zona de estacionamento está obstruída pelos tapumes daquela construção.
- O senhor deve fazer uma reclamação por escrito diretamente no serviço de trânsito.
- Quanto é?
- São R$8,00 e o senhor ganha um cartão com 10 folhas para permanência de meia hora.
Paulo puxa a nota mais alta da carteira para dificultar o troco, como uma tentativa de aborrecer a pobre fiscal. Sem problemas:
- São R$42,00, seu troco. Obrigado!
- Rrrr...brgado.

***
É de manhã cedo e Paulo recebe mais uma multa.
Como da última vez, há cerca de 2 meses, observa a fiscal. Chega antes do término do preenchimento:
- Bom dia!
- Bom dia!
Persiste observando a jovem por uns 10 segundos que também não tolera o silêncio:
- Esse carro é seu?
- Sim.
- São R$ 8,00 com direito a um bloco com 10 folhas para 30 minutos de permanência cada!
- Perfeitamente. Aqui está! - Oferece um nota de R$ 50,00 e reitera - Fique com o troco.
- Não senhor, não...
- Para comprar umas balas, tomar um café, o que for!
- Mas eu não posso!
- Passe bem. - A jovem guardou o troco em sua pochete e fez um pequeno relatório do que se passou.
Paulo começava a demonstrar sinais de insanidade.

***

É meio-dia e Paulo vai pagar uma conta no banco. É inseguro quanto ao uso da internet, mas muito experiente no caixa eletrônico. Passa rapidamente pela fila e paga cinco contas em menos de 5 minutos. Um recorde. Ao chegar ao carro se depara com uma mulher de uns 40 anos que, uniformizada, anotava sua placa na multa.
A vaga que havia conquistado com tanto zelo e a rapidez com que passou no banco àquela hora do dia se misturavam a raiva e angústia por ter esquecido de preencher o tal cartão. Ou melhor, por não tê-lo preenchido. Ao se aproximar da fiscal.... ficou louco.
- O senhor é o dono deste carro?
- Aaaabbbbaaaa. GRuiiinnnnn.
- ?
Um silêncio breve, a jovem senhora ficou um pouco tensa, continuo preenchendo o cartão e o colocou no para-brisa logo se retirando do local. Paulo que neste momento babava, aparentemente catatônico ao lado do carro, retirou a multa, a rasgou e a engoliu. Entrou no carro e foi embora. A fiscal agora multava dois carros mais a frente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Otto Maria Carpeaux

Assisti à Carlos Heitor Cony falar sobre o romance ao lado de Moacyr Scliar.
Já foi há umas duas semanas.
Conhecia um pouco de cada um.
Porém são dois nomes fortes da literatura e do jornalismo, e mais do que qualquer coisa, um tem 83 e o outro 72 anos.
Se fosse dar um conselho a alguém diria, respeite os mais velhos.
Eis que entre muitas estórias interessantes, Cony comenta o nome de um jornalista amigo, que segundo ele teria sido uma das pessoas mais inteligente com quem conviveu. Uma inspiração. Escutei mas não ouvi. O que percebo por vezes na CBN e já foi comentado outrora por um amigo: " é muito mais claro lê-lo do que ouví-lo". De qualquer forma fiquei curioso para conhecer mais sobre uma pessoa inteligente que o inspirou. Não consegui encontrá-lo.
Eis que vou ler a coluna de domingo passado do Tostão. Curiosamente não comprei o jornal neste final de semana, era aniversário do meu filho e passei a manhã, a tarde e a noite com o pequeno. Antes de me deitar assisti ao "Café Filosófico" e reencontrei o filósofo Luis Felipe Pondé falando sobre o medo.
Pois, Tostão citou Pondé: " O habitat natural da alma é viver entre Deus e o Diabo. Sem esse combate a alma se dissolve em pequenas manias diárias e fica pequena". Pondé começou a escrever às segundas-feira na Folha, no lugar de Nelson Ascher. Falou que gostaria de seguir a linha jornalística de: Nelson Rodrigues, Paulo Francis e Otto Maria Carpeaux.

Carpeaux foi encontrado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Dízima Periódica

Hoje vi um carro da polícia.
Rodava sem pressa.
Os tiras, nos acentos da frente, conversavam descontraidamente.
Não havia barulho.
No porta-malas, uma jovem franzina de cabelos secos.

Se um extra-terrestre observasse e entendesse as figuras, provavelmente tentaria salvar o mais frágil dos seres, que também estava em menor número e em situação desfavorável.

Em mim também gerou certa revolta.
Fazia tempo que não via uma pessoa ser transportada presa num porta-malas.
Não bastava algemá-la e conduzí-la sentada no banco de trás?
Nossos carros não tem vidros como em Bervely Hills Cop.

Talvez tivesse abandonado a filha recém-nascida dentro de um saco plástico no rio mais próximo, ainda que o bebê chorasse de fome ou frio.

Então cheguei atrasado.
E se eu visse essa cena?

Eu, que não sou afeito à violência e discussões, que não gosto de correr riscos, interviria.
Imagino uma situação em que me sentiria capaz.
Ao impedir tal crueldade me deparo com uma jovem sem reação, que não ameaça ao menos uma fuga.
Está fadigada fisicamente e consumida mentalmente, sem a interferência de drogas.

O marido recomendou que tomasse uma providência.
Não teria como sustentar o sétimo filho.

Safou-se de uma agressão física.
Indubitável, para ele não precisava de motivos.
Bastava chegar em casa.

Deixou seis filhos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ramerrão

Ser médico, nos dias de hoje, de certa forma é um privilégio. Não nos falta trabalho. Por outro lado, há de trabalhar por várias horas e em vários lugares. O telefone celular é um mal quase que totalmente necessário. Nesse contexto informações sobre pacientes são trocadas por colegas, e a calma que um tem para passar o caso, por vezes não é a mesma que o solicitado tem para refletir e responder. O tempo, o celular e a rotina aprisionam os médicos.

Imagine um cirurgião cardíaco que inicia a primeira cirurgia às seis horas da manhã, segue até metade da tarde, para então atender um ambulatório quase infinito, tendo que, no meio das consultas, responder a uma intercorrência nas enfermarias e a uma avaliação urgente solicitada pela UTI! Você pode dizer, loucura, não se pode trabalhar sozinho, ou desse jeito! Mas acontece, nos melhores hospitais,nas diferentes especialidades, em todas as cidades! No dia seguinte lá está novamente o cirurgião enfrentando uma nova jornada.

Pois ao sair da UTI de um Hospital dirigido por freiras, sou seguido pela enfermeira chefe, uma irmã que sustenta alguns prontuários enfileirados sobre as mãos. Em nossa frente, já distante poucos metros, caminha um senhor branco, magro, de poucos cabelos brancos que cercam a rubra calva. Com um curto jaleco branco e calças pretas o santo senhor interrompe seus passos:

- Padre Chico - chama a freira - O senhor deu a benção para a paciente do 9? Ela chegou ontem e é muito grave!

Nisso o pároco inicia uma meia volta, lenta como sua dúvida, olha para irmã um pouco desconcertado e responde como se procurasse uma explicação:

- Mas ninguém me avisou desta paciente!

Não acompanhei o desfecho. Acredito que a paciente recebeu a benção. Seguramente, na manhã seguinte, lá estará Padre Chico para uma nova visita!

sábado, 29 de agosto de 2009

Hoje tem marmelada?

No circo chinês não tem palhaços.
Tem um mar com ondas num roteiro cinematográfico.
Artistas disciplinados que também erram!
Sem a música faltaria emoção.
Pela primeira vez vi uma contorcionista ficar completamente suspensa, se sustendando apenas pela boca (mordendo um anteparo).
Ao final de quase duas hora de espetáculo o pequeno cansou e reclamou da "música barulhenta". Com razão. A medida que chegava o fim, o volume aumentava.
Os orientais sorriram e ensaiaram um contato mais próximo com o público.
Arrancaram suspiros e aplausos da platéia, mas não houve gargalhadas.
Circo sempre vale a pena.
Sim senhor!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O Baile de Máscaras

A brisa fria soprou sobre o hemisfério sul.

Sinto-me prisioneiro dos meus pensamentos.

Meus olhos são as janelas da minha alma.
Vivo na era das informações instantâneas, tudo agora!
Atuo na investigação das dores alheias, sinto o sofrimento concreto e abstrato.
E decido, porque é inevitável.

A chuva passou, não há mais frio, a vida ressurge la fora.
Falta-me ar.

Sei o que é, o que fazer, e o que pode acontecer.
Não tenho dúvida.
Por que temo?

Temo pela excessão, pela menor parte, pelo 1%, pela sorte que nunca tive em loterias vir a se transformar num grande azar. Eu sou assim, já há muito tempo, porém, são vales de um mal estar temporário ! Talvez as pessoas sejam assim.

O Pânico é algo abstrato,uma cria humana, portanto insegura, irresponsável, sem fins!

Há uma semana vivem disfarçados.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Da onde vim?

- Pai você foi pra escola?

- Fui filho.

- Junto com o tio Gui?

- Não. Junto com o tio Fábio, com a mamâe, com o tio Mau..."

- E eu fiquei sozinho?

***Dialogando com Felipe aos seus 2 anos 10 meses e 1 dia.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Alvo Negro

Michael Jackson morreu! Ontem à tarde, subitamente, próximo de reiniciar uma série de 50 apresentações em um teatro londrino. Um show para cada ano vivido até aqui.

Levou consigo um recorde inquebrável. Até então, havia vendido mais discos que qualquer outro artista na história da música ("Thriller" vendeu 63 milhões de cópias, como está escrito no "Almanaque anos 80", e segundo William Waack, no jornal da globo de ontem, mais de 100 milhões de discos). Hoje vende ainda mais(15 cds mais vendidos na loja virtual Amazon.com, FSP 26/6/2009). Na época do download, realmente inquebrável!

Curioso que este artista com todas as letras, nunca me cativou. Não contribuí para seu recorde em nenhum momento, nem sem querer, quando se ganhava discos de presentes! Escutava uma música sua, gostava, mas bastava. Quando passava um clipe, assistia, mas não repetia.

Vendo e revendo as passagens da sua vida e obra, tenho que admitir que Michael fez parte da minha infância. Lembrei de "Thriller" que assisti quando tinha 5 anos (de maneira muito parecida com o que James Cimino escreveu na Folha Online hoje). Foi num domingo à noite, divulgado de maneira inédita e exclusiva pelo Fantástico. Eu já havia tomado banho,e estava ao lado do meu pai e do meu irmão na pequena sala do sobrado. Também tive medo!

Recordo ter lido numa reportagem da Veja que o artista passava um período dentro de uma câmara fechada, fazendo algum tipo de tratamento que lhe permitiria viver mais de cem anos. Talvez tenha visto ou interpretado de maneira errada, a questão é que ficou registrado na memória. E percebia a sua palidez progressiva, suas plásticas deformantes, o achava muito feminino. Até que ele casou e daí me confundiu. Teve filhos, foi acusado de pedofilia, e então foi sugado por tudo isso. Quase sumiu. As últimas notícia falavam de um leilão de objetos pessoais que o artista promovia, talvez até para pagar dívidas. Parecida com a história de Mike Tyson.

Um dia depois da sua morte, como freqüentemente acontece, dou mais valor ao artista que foi, sem me arrepender por não tê-lo curtido mais em vida. Acho que foi um gênio à parte. Nasceu cantor negro americano. Cantou com os irmãos e sozinho desde cedo. Compôs um álbum inteiro (BAD). O clipe de "Thriller" inovou (misturou cenas de um filme com videoclipe musical). O de "Black or White" também (em tempos não muito próximos). Apresentar-se com dançarinos em coreografias muito bem sincronizadas e valorizadas, só Michael e Madona (perfeccionismo, esforço, dedicação, prazer). Ah, já ia me esquecendo, parafraseando um entre muitos jornalistas que comentam sua morte, " Quem nunca tentou imitá-lo com os famosos passos de Moonwalker?"

Mais um imortalizado pela música. Nos dias de hoje podemos dizer que precocemente. Mais velho que Élvis, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Bob Marley e John Lennon.

Seria diferente?

P.S - Preparem-se para as biografias, autorizadas e não autorizadas, algumas já prontas. Terá Michael tantos imitadores quanto Élvis?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Possibilidades!

Comigo me desavim

Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.

Com dor da gente fugia,
Antes que esta assi crecesse:
Agora já fugiria
De mim , se de mim pudesse.
Que meo espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?

Sá Miranda

Registro de Imagem

"Si je pouvais revenir au passé, je voudrais retourner à l'école de mon fils, samedi dernier, à le voir chanter et danser sur la musique de Saint John!"

Dr. Eduardo Gonçalves

" O sucesso prolongado e a pressão para mantê-lo leva a uma fadiga mental, a uma acomodação inconsciente e a uma auto-suficiência, quase uma soberba, de imprevisível duração. Acho que isso, mais que outros problemas, é o principal motivo da queda do São Paulo."

terça-feira, 23 de junho de 2009

"SUS" do Latim

Pandemia se refere à disseminação do vírus pelos diversos países, não à gravidade da doença - a mortalidade tem sido em média 0,4%.

Tudo foi feito para conter essa epidemia nos momentos iniciais? Por incrível que pareça, governantes podem esconder os primeiros casos de doenças contagiosas para evitar preconceitos e perdas econômicas!

Cidade do México, 7 de abril. Os serviços de saúde detectaram a existência de pneumonias graves associadas a quadros gripais em adultos jovens, faixa etária que não costuma ter complicações de gripe.

Imediatamente os mexicanos começaram a colher dados e acompanhar a evolução do surto. Como o país não dispunha de tecnologia necessária para identificar o novo vírus, foram enviadas diversas amostras ao Center for Disease Control and Prevention (EUA) e Public Health Agency (Canadá).

Em 23 de abril, apenas 16 dias após identificado o surto, canadenses e americanos confirmaram que se tratava de um novo vírus, o A (H1N1), de origem suína.

"Os Mexicanos fizeram todo o possível dentro de uma situação impossível" - Ira Longini, epidemiologista da Universidade de Washington.

É praticamente impossível para qualquer país conter um surto epidêmico de um novo vírus de gripe. Os americanos identificaram o vírus antes, porém não conseguiram contê-lo!

Jamais uma epidemia foi monitorizada em tempo real como esta.

Em poucos dias os genes do vírus haviam sido sequenciados e colocados à disposição da comunidade científica através do "GenBank". Ficou claro que 1/3 deles veio do vírus da gripe suína da América do Norte, 1/3 da gripe aviária também norte- americana e o terço restante da gripe suína típica dos países europeus e asiáticos.

O que facilita a transmissão e a disseminação entre os homens ainda é uma incógnita.

Especula-se na infecção de um porco em Veracruz, México. Também se supõe que o primeiro animal infectado foi comercializado na ásia e migrou para os EUA.

Em 2 de maio foi anunciado no Canadá a primeira infecção pelo H1N1 em porcos que nunca haviam saído do país (2200 animais, 10% foi infectado).

Há ainda a suspeita de um marceneiro que tinha viajado para o México e trabalhado na pocilga em um dia que se sentia adoentado. Se confirmado, seria o único caso na literatura de um vírus transmitido do porco para o homem que mais tarde percorre o caminho inverso.

O que acontecerá?

Ninguém sabe.

A chegada do verão no hemisfério norte provavelmente diminuirá a velocidade de propagação, mas existe a possibilidade de seu retorno no outono. Para nós que vivemos no sul o pior virá agora, com o inverno.

O perigo mais temido é o de que depois desse ataque inicial, o vírus sofra mutações que o tornem mais letal, como ocorreu com a gripe espanhola. Essas mutações, no entanto, ainda não ocorreram: as amostras virais colhidas nos quatro cantos do mundo são portadoras de genes idênticos.

Surgirão cepas mutantes mais agressivas? Como saber?

A evolução das espécies é sobretudo imprevisível, como ensinou Charles Darwin.

(D.V) FSP 20.6.2009

sábado, 13 de junho de 2009

Easy, na véspera!

Cláudio II, imperador romano, constituiria um exército forte. Para tanto, impediu que os jovens se casassem. Ainda assim, o bispo Valentim realizava enlaces matrimoniais na surdina. O soberano descobriu e ordenou a prisão do homem santo. Este começou a receber cartas de casais jovens apaixonados que o admiravam, ainda que recluso. A filha do carcereiro, que padecia de cegueira, obteve permissão do pai para visitar o preso. Eis que se apaixonam e vivem um romance até o dia que este fora decapitado, 14 de fevereiro.

Para os cientistas há relação com fecundidade e período reprodutivo dos animais.

Treze de junho é dia de Santo Antônio, santo que atribuía importância às famílias.

Muitos remédios, pouca conversa!

Se me falar, esquecerei.

Se me mostrar, lembrarei.

Se me envolver, entenderei.

(Confúcio por E.P)

terça-feira, 9 de junho de 2009

O Fugitivo

1. Não se consegue evitar a violência entre as torcidas? Fácil, proíbe uma das torcidas do prazer de ver seu time jogar.

2. Não se consegue criar uma economia que dê emprego e renda decentes para a a maioria? Fácil, cria a Bolsa Família ou outros mecanismos similares de compensação.

3. Não se consegue um sistema de educação que abra maior oportunidade de acesso à universidade? Cria as cotas.

4. Não se consegue prover segurança à população? Fácil, recomenda a ela que renuncie a seus bens (carro, carteira, celular, relógio, o diabo).

5. Não se consegue dar fluidez ao tráfico de veículos? Fácil, cria o rodízo.

O aspecto político relevante em tudo isso é que todas as fugas são bem intencionadas. Melhor o Bolsa Família do que matar de fome os muito pobres. Melhor perder o jogo do seu time do que perder a vida.

Melhor mesmo seria resolver os problemas e não contorná-los eternamente.

Bem verdade que se os problemas fossem resolvidos, já não estaríamos no Brasil e seu eterno conformismo com a privação de direitos e prazeres.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Maria Cecília & Rodolfo - Um Detalhe no Calção

È muito mais provável que a dupla sertaneja tenha pagado barato pela propaganda, do que o coxa recebido uma boa grana do patrocinador. O presidente do clube acabaria com essa polêmica se abrisse aos torcedores o valor recebido e sua intenção. Como escondeu o jogo, não me cheira coisa legal. Transparência é importante!

Certo tempo atrás li um cronista esportivo (não sei se o Juca, PVC ou Birner, talvez o Helena) comparar os times de São Paulo com os Gaúchos à respeito do patrocínio. Tanto Inter quanto Grêmio aceitavam o patrocínio do Banrisul, cujo valor era ridículo, mas era um dinheiro que entrava todo mês para os clubes (além da grande quantia vinda dos sócios e de outros patrocinadores). Enquanto isso São Paulo, Palmeiras e Corinthias esperavam para fechar um contrato milionário com LG, Batavo, Samsung. Cada um com seu estilo.

A questão é que a dupla sertaneja, até então desconhecida já ficou um pouco mais famosa. Com certeza foi marketing de oportunidade para um dos lados. Espero que para o lado alviverde!

sábado, 30 de maio de 2009

Tem dono!

Gosto de visitar este blog porque aqui registro coisas que me deram prazer.

Hoje busquei inspiração em basicamente duas fontes: no álcool e no Globo repórter.

Tomei umas taças de vinho e uns copos de cerveja. Nada que me comprometa, por mais impossível que possa ser a associação. Foi a maneira que encontrei para me descontrair no meio de pessoas simpáticas, divertidas, mas não tão próximas.

O Globo Repórter mostrou a França e o hábito gastronômico francês, com paisagens pacificadoras, com pessoas simples, felizes sem excessos.

Decidi escrever porque queria extender essa sensação.

Não vá à França se não gosta de pimentão, se não tem tanto prazer com vinho, se necessita comprar eletrônicos em suas viagens, ou mesmo se não fala francês. Ir para registrar sua passagem em bites é perda de tempo e de dinheiro. Vá sem pressa e saia querendo voltar! Eu preciso ler mais, conhecer mais para depois vivenciar. Experimentarei!

Luto contra minha ansiedade!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Numa Ponta do Arco - Íris





A Páscoa este ano foi em Primeiro de Maio.
Aconteceu no dia 12 de Abril. Chegamos no dia 9.
Conhecemos um oasis no meio da plantação.
Tinha sol e lua. Piscina e rio.
Junto de um grande amigo, conversas rolaram até o amanhecer. Os assuntos? Não me lembro de todos, bastava um comentário e havia pano para manga...
Vinhos e peixes se harmonizaram.

Cidade do interior e seus personagens.
Algumas lendas ficaram para uma nova visita.
Mas destaco Dona Maria Anita e sua casa. Registro aqui para voltar ao momento em que a conhecemos. Me senti na sala e no quintal de Jorge Amado e Zélia Gatai.

A felicidade está em um mergulho diário, mesmo que em águas não muito claras!
O sonho é morar aonde os vizinhos tiram suas férias ou curtem os finais de semana!
O futuro?

"Que quero eu do futuro que não tenho?
Que me pesa hoje, ou alegra, o que serei?
Sei, por lembrar, de que passado venho,
E, onde hoje estou, incertamente sei.

O mais que o futuro me dará,
Deixo a quem dê e à forma como o der.
Basta a sombra que esta árvore me dá
E a sensação de nada mais querer." (F.P)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Anos reais, datas falsas, inclusive desta postagem!

FATOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA:

12 de maio de 1560 a.C - Astrônomos egípcios descobrem o planeta Vermelho.

12 de maio de 1240 a. C - Moisés abre o Mar Vermelho

12 de maio de 43 - Nero põe fogo em Roma.

12 de maio de 1937 - Descoberta a Vacina contra Febre Amarela

12 de maio de 1940 - A Coca Cola Company cria seu refrigerante de laranja (Fanta).

12 de maio de 1950 - Monteiro Lobato cria o Visconde de Sabugosa

12 de Maio de 1951 - O Visconde assume publicamente seu romance com o Sací.

12 de maio de 1969 - Os Beatles lançam "Yellow Submarine"

12 de maio de 1974 - A laranja mecânica se prepara para a copa (cairá frente a alemanha).

12 de maio de 1981 - Lygia Bojunga Nunes lança o Best Seller " A Bolsa Amarela"

12 de maio de 1984 - A WWF considera o Mico Leão Dourado animal em extinção

12 de maio de 1996 - XXII Festa da Polenta de Almirante Tamandaré

12 de maio de 2009 - Um sabugo de milho, cansado de ficar plantado, pulou a cerca e foi viver em um condomínio de luxo às margens do Tibagi.

Parabéns ao Laranja,

P.S - Enviado em 12 de maio de 2009,postado em 15 de junho de 2009 aproveitando a brecha de um rascunho.

quarta-feira, 25 de março de 2009

The Wine is On the Table - English for americans!

10 WAYS TO SAVE MONEY ORDERING

These days, anyone who goes out to eat -- and certainly anyone who orders wine at a restaurant -- is looking for value.

1. Skip wine by the glass.

- O preço de uma taça é quase o de uma garrafa, sem contar que o vinho frequentemente está passado (aberto há alguns dias). Há opções de meia garrafa ou você pode levar o restante dos 750 mls para casa!

2. Check the vintage closely.

- Não está se falando em pedir um Barolo 2004 e lhe servirem um 2002. Os vinhos de vanguarda, servidos nos restaurantes do dia a dia devem ser bebidos frescos. Muitos locais não tem condições de armazenar as garrafas adequadamente e renovam suas adegas com muita frequência de acordo com a demanda. Portanto, prefira safras mais recentes

3. Bypass the second-cheapest wine on the list.

- Os donos de restaurantes sabem que muitos clientes não escolhem os vinhos mais baratos da carta como se sujasse suas imagens. É aí que o segundo mais barato da lista enriquece o proprietário. O mais barato é uma boa escolha.

4. Scope out the owner's passion for value.

- Se na carta de vinhos há disparidade entre os tipos (nacionlaidades) dos vinhos, talvez o dono do restaurante tenha um apreço maior ou uma vantagem em vender determinada qualidade. Da mesma forma não espere ter um bom Cabernet Sauvignon num restaurante especializado em peixes! Observe bem os vinhos que estão em minoria, podem estar baratos para o que realmente representam!

5. Avoid the Chardonnay tax. Chardonnay is America's favorite wine.

- Só porque todo mundo gosta e se sente bem confortável com estes vinho, eles acabam por ser sobretaxados. Você se dará bem com outros vinhos que proporcionam sensações semelhantes (2007 Jekel Riesling from California for $34, Domäne Wachau Grüner-Veltliner for $22, Beringer White Zinfandel for $20).

6. Never order Santa Margherita Pinot Grigio ($45 - $55).

- Como muitas pessoas gostam, este é um dos vinhos mais caros das cartas. Se você se mantém em uma zona de conforto, pedindo apenas vinhos que conhece, será punido por isso. Nenhum vinho terá um "bom valor" para você que sabe que pagará pela mesma garrafa metade do preço ou menos em qualquer mercado próximo. É importante tentar marcas e tipos que de outra forma você não conheceria. Há valor em experimentar algo novo.

7. Look for half-price deals.

- Alguns lugares, em determinados dias das semans (2as feiras) oferecem descontos de 50% em alguns vinhos (franceses e italianos,p.ex). Esta é uma tendência que está varrendo a nação! Procure na vizinhança!

8.Check around for restaurants that allow you to bring your own wine (BYOB - Bring Your Own Bottle).

- A questão aqui não é só poupar dinheiro. Existe restaurantes que não tem os vinhos solicitados ou situações em que você não quer adiar a abertura. Mais do que nunca, principalmente com finalidade de negócios (receber empresários) restaurantes estão relaxando suas regras de BYOB e reduzindo taxas de "rolha".

9. Have it your way.

- Nenhum vinho, de qualquer preço, será valorizado se você não apreciá-lo. Restaurantes hoje em dia estão ansiosos para que você tenha boas sensações no recinto e retorne. Não seja tímido. Se está quente,peça um balde com gelos, se o garçom coloca demais em sua taça, o interrompa de maneira educada. Nós estamos todos nesta bagunça econômica e todos entendem, ou deveriam entender, que uma saída à noite nestes dias tem de ser relaxante e pessoal.

10 - Checking before you dine to see if a restaurant's wine list is online.

- Dará a oportunidade de estudar melhor sua solicitação.

"Just remember that, in good times and bad, wine always tastes better when it's a good deal".

Dorothy Gaiter para o The Wall Street Journal

terça-feira, 17 de março de 2009

Simplesmente Millôr!

Poesia Matemática

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a, do Ápice à Base,
uma figura ímpar:
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar,
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

O Pif-Paf/O Cruzeiro, 1949

quarta-feira, 11 de março de 2009

Visão do Clínico.

Nova estrela Global Por Tostão (coluna jornalística de hoje)

A realidade é, às vezes, dura. Mais fácil é negá-la ou distorcê-la. O ser humano adora se enganar. No futebol, mais ainda.

Se Fred jogar no Fluminense como fez no Cruzeiro, estará entre os melhores centroavantes que atuam no Brasil, mesmo não sendo um craque. É um fazedor de gols. Isso é uma coisa. Outra é dizer que ele não teve chances no Lyon. Teve muitas e não conseguiu ser titular. Fracassou.

O Botafogo, com uma equipe modesta, armou um bom conjunto. Ney Franco sabe fazer isso. O time ganhou o primeiro turno, a Taça Guanabara, e comemorou como se fosse um grande título, como é tradição no Rio. Isso é um fato. Outro é dizer que a vitória foi consequência de um grande planejamento. Além de seus méritos, o Botafogo venceu porque os grandes estavam mal e os pequenos são muito ruins. Com o atual time, o Botafogo não tem chance de ficar entre os quatro primeiros no Brasileirão.

Para um atleta ser contratado por uma equipe mais forte e de mais tradição, ele necessita jogar bem. Isso parece óbvio. No futebol, nem tanto. Vi o lateral e zagueiro Marcão atuar dezenas de vezes pelo Atlético-PR e pelo Inter e a única qualidade técnica que mostrou foi fazer alguns gols de cabeça em jogadas de bola parada. Mesmo assim, foi contratado como um grande reforço para o Palmeiras.

Quando vejo Marcão jogar, lembro do argentino Heinze, pelo porte físico, pelas mesmas posições em que jogam, pelas boas jogadas aéreas e pela falta de talento. Mesmo assim, o lateral Marcelo, titular do Brasil, é seu reserva no Real Madrid.

Bastou o Palmeiras ser líder do Paulistão e ganhar de fracos adversários – o Santos também estava mal –, para Luxemburgo voltar a ser um mago, para compararem o time atual com os grandes da história do clube e para pedirem Keirrison na equipe titular da Seleção. Hoje, há outros atacantes na sua frente. A ilusão terminou após duas derrotas seguidas na Libertadores e o empate contra o Corinthians. O time do Palmeiras é apenas bom, comum e igual a muitas outras equipes brasileiras.

Não foi surpresa a belíssima atuação de Ronaldo. Sempre que ele entrar em campo, gordo ou não, fora de forma ou não, poderá realizar alguns lances excepcionais. No Milan, ele teve também alguns ótimos momentos.

Isso é uma coisa. Surpresa será ver Ronaldo jogando bem, com regularidade, muitas partidas seguidas e sem contusões. Isso não acontece há muito tempo. Tomara que consiga. Sua recuperação física realizada no Brasil é um fator positivo. Nisso, estamos à frente dos europeus. Já em outras questões científicas, humanas e sociais, estamos muito atrás. O Brasil é o país dos contrastes.

Quando terminou o jogo, Ronaldo não quis falar no gramado. Mas foi só aparecer o repórter da Globo para ele dar entrevista, fora as inúmeras exclusivas que tem concedido à emissora. É a nova estrela global. Muitos jogadores e treinadores famosos fazem o mesmo. Em uma Copa do Mundo, essa preferência atinge níveis absurdos. Esse comportamento dos atletas e treinadores é um desrespeito com outros jornalistas.

quinta-feira, 5 de março de 2009

BACK TO THE FIELD



Ronaldo voltou a jogar ontem (4/3/2009).

Estava afastado por lesão há pouco mais de um ano.

Neste período longe dos gramados ganhou peso e se envolveu com travestis.
Perdeu o contrato com o Milan. Ganhou a camisa 9 do Corinthians.
Uma euforia alvinegra e revolta dos flamenguistas. As duas maiores torcidas do Brasil amavam e odiavam o "fenômeno".

No meio de tantos craques da minha geração, Ronaldo marca presença, mas seria um fenômeno?

Torci por Romário na seleção quando ele jogava no PSV, vibrei com seus gols na copa de 1994 e entendi seu dom. Recentemente relembrei do Gol contra a Holanda que foi algo brilhante, extraordinário.
Ronaldinho gaúcho foi espetacular em sua fase áurea, antes da copa de 2006. Dribles, passes, faltas, gols. Sempre preciso e recluso. A concentração refletia dedicação.

Kaká e Robinho estão em seus auges.

Agora o Ronaldo... Foi artilheiro no cruzeiro. Fez aquele gol em que o goleiro soltou a bola e não percebeu que ele estava voltando da linha de fundo. Aí já foi para a Europa. Fez gols belíssimos, explodia em direção ao gol. Então a "epiléptica" copa de 1998 . Uma separação, um casamento, um filho. Nova lesão. Nova separação, novo casamento, desta vez num castelo. Nova separação. Nova lesão.

Me esqueci, e não sei como, da Copa de 2002. Talvez porque não consegui assistir a todos os jogos como gostaria (no jogo contra a Turquia era auxiliar de uma cirurgia). Os gols da final foram tão inesquecíveis quanto o corte de cabelo estilo Cascão.
Talvez porque as lembanças da última copa ainda estejam frescas!

Acho que foram mais eventos polêmicos do que lances bonitos.
Mas ontem..., nem marquei a data, soube que ele voltaria a jogar umas horas antes. Cansado do dia que foi longo, apesar de ter que trabalhar cedinho na manhã seguinte, por mais que meu organismo pedisse mais de seis horas de sono, voltei a assitir um jogo de futebol. A temporada começou ontem. Lembro-me que o ano passado, talvez pelo coxa voltar à primeira divisão, meu interesse foi mais precoce. Acompanhava a boa campanha do Palmeiras no paulista.

Impressionante. O gramado do estádio do Itumbiara, as arquibancadas cheias, a expectativa criada, todos os canais só transmitiam um jogo. A quantidade de repórteres e fotógrafos, DO MUNDO INTEIRO. Era o fenômeno.
Lá estava ele, pesado, tentando disfarçar que não era o centro das atenções. Moleque, dava tapas na cabeça do reserva ao seu lado. Alongava de quinze em quinze minutos.

Cheguei a torcer para ele não entrar, para que se concentrasse mais na partida e fizesse uma reestréia brilhante.
Entrou na metade do segundo tempo. Ovacionado. Tocou na bola. Perdeu o domínio. Correu como Ronaldo em direção ao gol! Essa corrida é sua característica. Pedalou na frente de dois zagueiros, e quase passou para ficar na cara do gol. Paulo Vinícius Coelho comentou o jogo de maneira que parecia narrar um filme, com comentários precisos e embasados. Após este drible falou: "Habilidade nunca faltou, a gente não esquece como se anda de bicileta!"
É, Ronaldo é um fenômeno. Jamais jogará com a qualidade do passado mas pode emocionar com lances de craque (sujeito agraciado pelo dom de jogar futebol, com habilidade, técnica e improviso).
Que ele recupere o máximo da forma física possível.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tem um fundo de verdade ou é mais uma e-corrente?

Tem um fundo de verdade.
A mensagem contém erros e deixa dúvidas, mas isso foi um assunto polêmico e bastante discutido nos Estados Unidos.
Na prestigiada revista "The New England Journal of Medicine (NEJM)", no ano de 2000 um artigo chamado " PHENYLPROPANOLAMINE AND THE RISK OF HEMORRHAGIC STROKE" foi publicado. Neste, os autores tentavam colaborar com o FDA e com os laboratórios que manufaturavam a fenilpropanolamina para definir o real risco do componente.
Vejamos alguns dados do artigo:
- A Fenilpropanolamina é um composto encontrado em INIBIDORES DO APETITE e ANTIGRIPAIS. - Desde 1979 MAIS DE 30 CASOS que descrevem a associação de hemorragia intracraniana à fenilpropanolamina (FPP) foram publicados.
- A maior parte das pessoas acometidas eram adolescentes ou mulheres entre 17 e 45 anos que usavam inibidores de apetite com FPP, freqüentemente pela primeira vez.
- Além dos casos relatados, o FDA, entre os anos de 1969 e 1991, recebeu 22 relatos de casos espontâneos de hemorragia intracraniana associada ao uso de FPP em inibidores de apetite (16) e antigripais (6) - Jolson HM: personal communication
- A conclusão do artigo é a de que a FPP presente nos inibidores do apetite e POSSIVELMENTE nos antigripais é um fator de risco independente para hemorragia intracraniana em mulheres. (N Engl JMed 2000;343:1826-32)
- Houve quem escrevesse para a revista contestando a decisão do FDA de retirada do mercado de todos os medicamentos contendo FPP. Para este ficava claro que os inibidores de apetite, usados em dose muito mais elevadas que os antigripais, eram os principais responsáveis pelos eventos. N Engl J Med, Vol. 344, No. 14 April 5, 2001 Correspondence

- Para o Editor do NEJM, dada a disponibilidade de outras terapias adequadas, os benefícios da FPP contida nos antigripais não justificam seus possíveis riscos
(NEJM - Editorial Volume 343:1886-1887, Dec 21, 2001)

- Em 22 de Dezembro de 2005 o FDA propos a criação de regras para disponibilização de descongestionante nasais e inibidores de apetite contendo Fenilpropanolamina como medicação "over the counter (sem obrigatoriedade de receita médica para aquisição)". A notícia ficou sobre avaliação pública até 22 de março de 2006 quando o FDA provavelmente impediria o comércio livre de tais produtos.
- Em 9 de março de 2006, através da "Patriot Bill" assinada por Bush, a fenilpropanolamina entre outras compostos deixariam de estar disponíveis livremente para a população a partir de 30 de setembro de 2006, http://www.fda.gov/CDER/news/methamphetamine.htm.
Não sei quanto a resolução da ANVISA citada sem o ano. Ficam as evidências para a reflexão.
Na minha opinião: 1o - em medicina nada é 100%. 2o - Siga as orientações do seu médico, pessoa a quem você naturalmente confia sua vida.
Que responsabilidade!
Abraços, João.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Um Acaso Feliz!


A palavra "Serendipity" parece não ter tradução para o português.

Significa uma descoberta útil, feliz, sem o propósito, ao acaso.

Segundo o dicionário Inglês Oxford, o termo foi utilizado por Horace Walpole em uma carta a seu amigo Sir Horace Mann em janeiro de 1754. Ele explicava que se baseou num conto: " The Three Princess of Serendip" (um antigo nome do Sri Lanka), aonde os protagonistas estavam sempre fazendo descobertas, por acidente e sagacidade, de coisas pelas quais não procuravam.

O livro "Happy Accidents: Serendipity in Modern Medical Breakthroughs" de Morton A. Meyers comenta exemplos de "serendipitys" que representaram avanços médicos.


N Engl J Med 356:2658, June 21, 2007 Book Review

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nostalgia

Música é algo extraordinário.
O dia começou pesado.
Um atraso imprevisto, uma tarefa atrás da outra, uma fome repentina (mascarada por uma Coca ao invés do café)...
Para dar continuidade ao trabalho, mental e digital, de frente à tela, cercado por dados de laboratórios, decido colocar uma musiquinha. Uma rádio easy, o que acho compatível.
Imediatamente me transfiro para uma festa da minha pré-adolescência e sinto, de maneira fugaz, a mesma sensação que sentia naquela época.
Uma música do "The Commodores". Surpresa agradável.
Sinto saudades, e imagino que no futuro lembrarei deste momento da mesma forma.
Uma gota estimulante para o restante do dia.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ARU!

Passo por aqui para salvar uma data.
Ontem fui a um dos casamentos mais bonitos que já presenciei.
Lá mesmo, soube que seria padrinho.
Um casal especial, uma história particular, um lugar mágico, com pessoas de bem.
Um casamento numa manhã sem muito sol, sem frio ou calor, sem terno, sem gravata.
Um conforto emocionante.
Felicidade "acordada"!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

REMAKE

Após conversa descontraída na última semana, fui buscar no fundo da gaveta um recorte de jornal com um artigo da F. de S. Paulo de 09 fevereiro de 2004. Fora escrito pelo ex-articulista, Nelson Ascher. O título: "My Way".
Escrevo, porque foi neste pedaço de papel que li sobre a composição "Quotidiano" de 1971 sob autoria de Chico Buarque.Segundo Ascher, Claude François, Gilles Thibaut e Jacques Revaux compuseram "Comme d´Habitude", cuja letra fala sobre um dia comum na vida de um casal. Ele acrescenta que melosa e um tanto tediosa, a canção poderia ter inspirado o compositor brasileiro a desenvolver uma obra superior: "Quotidiano" -1971. Sobre o título da coluna, "My Way", transcrevo o trecho abaixo:"...Jacques Revaux, antes de escrever em francês, escreveu em inglês "For Me". E Paul Anka, após comprar o disco em Paris, compôs-lhe (preservando a melodia) um texto totalmente distinto e mostrou a seu amigo "Ol´Blue Eyes". O resto é história". O artigo é interessante. Correlaciona a letra transformada por Anka com o famoso poema de Rudyard Kipling "If", sendo tudo uma "homenagem ao individualismo anglo-saxão". E ainda suspeita de um possível desdobramento de "My Way" para "I am What I am", hino da independência e autoafirmação gay (de Jerry Herman para "A Gaiola das Loucas"). Finaliza afirmando que apesar de muitos a terem cantado ninguém, após Sinatra, imprimiu uma marca tão original como John Simon Ritchie, ou Sid Vicious, no final dos 70. A música foi apresentada na forma de um clip no filme "Sid and Nancy (1986)" de Alex Cox com Gary Oldman no papel de Vicious.Conferí rapidamente, e talvez seja o que Ascher descreve: "uma zombaria heroinômana mortalmente séria". Preciso assistir o filme. Mas é difícil tirar My Way do velho Frank, talvez Tom Jones?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Jacques Revaux ou Claude Françoise

A música popular se parece às vezes com o cinema. Existem, e não são poucos, clássicos da música que se comportam como "refilmagens" de obras esquecidas.
O trabalho artístico, mais do que com princípios corretamente empregados, tem antes a ver com resultados pragmáticos que dependem, não raro, do acaso, da sorte.
A trajetória de "My Way" ilustra perfeitamente esses paradoxos.
A canção celebrizada por Frank Sinatra em 1969, é adaptação americana de um original francês. No mesmo ano também gravou "If you go away", traduzida para o inglês por Rod McKuen, da obra prima de Jacques Brel "Ne me Quitte Pas (1959)" algo que soa não menos patético do que a tradução de Ronnie Von quando reduziu "Girl (1965 Lennon/McCartney)" à "Meu Bem".
Claude François (que morreu eletrocutado no chuveiro) compôs em 1968, com Gilles Thibaut e Jacques Revaux " Comme d´Habitude" (Como de costume), e sua letra, falando sobre um dia comum na vida de um casal, embora melosa e tediosa, quem sabe tenha inspirado uma composição superior "Quotidiano" (1971), de Chico Buarque.
O próprio Revaux, antes da letra em francês, escrevera uma em inglês (For me), mas foi Paul Anka que, após comprar o disco em Paris, compôs-lhe (preservando a melodia) um texto totalmente distinto e o mostrou a seu amigo "Ol´Blue Eyes". O resto é história.
O contraste entre ambas: enquanto a de François, mornamente amorosa, consiste numa ladainha à mesmice, a de Anka/Sinatra, cujo nome título quer dizer "à minha maneira", homenageia o individualismo anglo saxão, descendendo em linha direta de "If" (Se), o poema mais conhecido de Rudyard Kipling (1865 - 1936). "Se és capaz de manter a tua calma, quando, / todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa./ De crer em ti quando estão todos duvidando, / e para esses no entanto achar uma desculpa."
Um possível desdobramento de "My Way" foi "I am what I am". Hino da independência gay, composto por Jerry Herman para seu musical da Broadway, " A Gaiola das Loucas" (1983), baseado em "La Cage Aux Folles" (1978), filme franco-italiano de Edouard Molinaro com Ugo Tognazzi, fez sucesso em 1984 tanto na voz de Shirley Bassey quanto na de Gloria Gaynor.
A maioria das canções raramente se desvincula de um intérprete, de preferência seu compositor, porém a maleabilidade da criação de Françoise, Anka e outros, talvez seja a exceção que confirme a regra.
Apesar de muitos a terem cantado, ninguém, depois de Sinatra, imprimiu-lhe uma marca tão original quanto John Simon Ritchie, ou melhor, Sid Vicious, que converteu-a, no fim dos anos 70, numa zombaria heroinômana mortalmente séria. Apresentada sob a forma de um "clip" em "Sid and Nancy" (1986), de Alex Cox, com o Grande Gary Oldman no papel de Vicious, "My Way" é também o ponto alto do filme.
Extraído da coluna de Nelson Ascher.
FSP 09/02/2004 - Ilustrada.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Carta de viagem

Conheci Buenos Aires numa manhã de sol, de céu azul encoberto por uma camada de gases, imagem típica das grandes cidades. Cheguei pelo mar. Pude ver um porto limpo e organizado. Não demorou para aparecerem dezenas de táxis, muitos deles antigos, com motoristas fumadores, obesos, irritados, por vezes simpáticos e engravatados.


Rua Florida de gente e de lojas. Vi uma floricultura. Comprei dois cds de tango na livraria Ateneo. Passamos parte do tempo na Galerias Pacífico (mais tarde descobriríamos que é o segundo shopping mais caro de BA). A surpresa agradável ficou por conta de duas lojas fantásticas chamadas: ModduMorph( www.morph.com.ar ) e Imaginarium(www.imaginarium.info).


O churrasco de Buenos Aires foi decepcionante. Erramos na escolha. No bairro nobre de Puerto Madero, optamos pela churrascaria Tierra de Parrilleros . Uma vista linda de uma moderníssimia ponte branca. Um churrasco insoso, um vinho acima da temperatura (Terrazas Malbec Reserva 2006 - $ 95,00), papas fritas inesquecíveis. Lição do almoço: se o taxista for simpático, ele tem convênio com o dono do restaurante! Confie nas indicações de outros turistas amigos e conhecidos.


Caminhamos por Puerto Madero até o Hotel Faena. Aberto há 04 anos após reforma de uma antiga tulha construída no início do século passado. A diária varia entre US$ 700,00 e US$ 800,00. Uma entrada pequena, simples, deslumbrante por vazos de flores vermelhas e por um carpet alto também vermelho. Após caminharmos debaixo de sol no verão portenho estávamos um pouco acanhados para conhecer tal recinto. Nos sentimos completamente à vontade após sermos recepcionados muito bem por uma moça que nos permitiu conhecer os restaurantes, os banheiros (todos em mármore) e a piscina do Hotel. Coisa fina, que vale a visita, inclusive incitou um retorno a capital argentina para um jantar no seu restaurante Branco (refeições individuais $70 por pessoa, sem vinhos).


La Recoleta: chegamos pouco antes de fecharem o cemitério. Imaginem as pessoas fazendo turismo entre urnas (sim, muitas são vistas dentro das construções envidraçadas)! Fotos na frente de túmulos, que se destacam pela arquitetura e pelo tamanho exuberantes! Ali estão os restos mortais de Evita Péron, em um corredor estreito, sem grande luxo, com ramos de flores recém colocadas. Sepulcro entitulado "Família Duarte".


Ao lado do cemitério enfileiram-se bares e restaurantes que começavam a se preparar para abrirem. Logo na esquina uma sorveteria chamada Fredo. Entre outros sabores, "Dulce de Leche". Ainda não sei se o sorvete é muito bom ou a ocasião favorecia. A questão é que foi o melhor "gelatto" que já provei.



Continuando a caminhada passamos por um centro comercial chamado Village, grandioso, porém sem muitas lojas. Uma grande livraria e salas de cinema. Uma pizzaria chamada Strada (La Strada) fantástica. Peça pela Marguerita. O segundo vinho na terra das uvas Malbec foi um Luigi Bosca Reserva Syrah. Na temperatura ideal muito gostoso ($ 50).



Antes deste jantar conhecemos um shopping de decoração. Abriga a loja do Hard Rock Café e uma loja da Morph ainda maior. Uma surpresa agradável porém cara. No andar superior alguns restaurantes, bares e cafés, com mesas e poltronas ao ar livre dispostas entre vasos com flores e arbustos. Tomamos uma Quilmes neste jardim, quase a única marca de cerveja por lá.



O dia seguinte foi para conhecer o Caminito (La Boca) com suas casas coloridas, quadros, artesanato e tirar fotos feito dançarino de tango. Uns passos adiante e encontramos La Bombonera. Pela quantidade de cocô nas calçadas (inclusive um integrante do nosso grupo teve a sola premiada), as pessoas ao redor do estádio passeiam muito com seus cachorros ou os bichos passeiam por lá independentemente. Um campo pequeno, muito próximo das arquibancadas bastante altas (3 anéis), com cadeiras em metade do estádio. Na entrada um museu moderno e lojas com todo tipo de souvenirs. Contou-nos o taxista que os dois times mais tradicionais de Buenos Aires nasceram juntos e disputaram o estádio que hoje é do Boca Juniores em uma partida. Como o River Plate perdeu teve de se mudar para o Monumental de Nuñez construido para a Copa de 1978. Do Porto até o Caminito foi uma corrida de $30, se fosse negociado antes sairia mais barato.

Partimos para o "barrio" de Córdoba atrás de oportunidades para compras. Lá existem vários "outlets" porém os preços não estavam tão atraentes assim. O Felipe ganhou algumas roupas interessantes da grife Cheek, mais interessante que os preços do Shopping Barigüi.

Para se despedir da capital argentina queríamos um novo sorvete. Desta vez foi na sorveteria Volta, tão boa quanto a Fredo, porém com um atendimento não muito cordial. Nos faltou água!

Foi bom enquanto durou, voltarei para aproveitar esta cidade, agora que já nos apresentamos!